Duas paredes e o teto, não posso ver o final nem de onde comecei, caminho vagarosamente por esse chão áspero e frio que me induz a imaginar estar no inferno, porem de uma maneira diferente, não posso sentir calor, apenas o frio silêncio que me alenta, e que é o único habitante alem de mim e meus ruídos inúteis.
Tenho medo, não da dor ou de me perder, tenho medo de continuar assim, invisível e impalpável, existindo, mas ninguém sabe. Quero buscar o motivo de eu ter me tornado esse imã bipolar que insiste em se atrair para dentro de mim mesmo.
Não agüento mais essa sensação de andar em vão, quero encontrar algo que me possa confortar e me fazer seguir em frente. A ampulheta da vida esta virada, e a areia corre rapidamente pela lacuna, mas eu vou em frente, vou lutar pela minha vida meu único patrimônio nesse momento.
Mesmo que minha vida tenha se tornado uma mentira, indiscutível apenas para quem não vê pessoas apenas fantasmas vivos, a areia ainda não terminou de cair e ainda existe esperança.
A luz começa a se incendiar e em fim vejo o caminho o caminho, a nevoa se dissolve e nada mais e impermeável a minha luz.
Acordei.
Fonte: http://cirioscontoscronicas.blogspot.com.br/
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